A Proctalgia Fugaz é definida como uma dor localizada no ânus/reto, de tipo profundo, que aparece repentinamente, particularmente de noite e pode chegar a ser muito forte e intensa, até acordar a pessoa. Esta dor é causada por um espasmo dos músculos ao redor do ânus, involuntário, e acomete mais mulheres entre 40 e 50 anos. O estresse e a ansiedade parecem tem um papel importante nesta patologia, que até hoje não tem uma causa definida.
Principais sintomas
O sintoma mais característico da proctalgia fugaz é o aparecimento de dor no ânus, que dura alguns segundos ou minutos, muito intensa. As crises de dor não são muito comuns, mas algumas pessoas podem apresentar crises dolorosas duas a três vezes por mês, por exemplo.
O início dos sintomas ocorre normalmente entre os 40 e 50 anos e devem ser sempre avaliados por um médico, já que outras causas mais graves, como câncer do intestino ou anal, também podem causar esse tipo de sintomas.
Como se diagnostica
O diagnóstico de proctalgia fugaz é clínico e se baseia nos sintomas descritos pela pessoa e em alguns critérios clínicos que excluem outras doenças que podem causar dor no ânus, como por exemplo hemorroidas, abscessos e fissuras anais.
Assim, o diagnóstico é feito levando em consideração os seguintes critérios:
- Frequência em que a dor no ânus ou no reto ocorrem;
- Duração e intensidade da dor;
- Ausência de dor no ânus entre os episódios de dor.
Quando existe suspeita de outras causas, o médico pode ainda pedir alguns exames complementares, como colonoscopia, manometria anorretal, ressonância magnética ou ultrassom, por exemplo, para descartar essas causas.
Tratamento
O tratamento desta patologia, uma vez confirmado o diagnostico, é realizado através de alguns remédios que amenizam as dores, como pomadas analgésicas, relaxantes musculares ou analgésicos propriamente ditos em alguns casos.
Pode ser utilizada em alguns casos uma terapia, que apesar de não ser estabelecida ainda por linha guias, funciona bem: o uso de um remédio para asma que serve para relaxar a musculatura do assoalho pélvico.
Em alguns pacientes, onde os sintomas são mais acentuados pelo estresse, precisa usar remédios para combater a ansiedade, ou seja alguns antidepressivos, para melhorar os sintomas; a estes remédios pode se associar a psicoterapia, que ajuda a aliviar o estresse e combater a ansiedade.
Uma terapia muito válida é a fisioterapia do assoalho pélvico associada ao biofeedback, que é uma técnica de relaxamento e controle dos músculos pélvicos.